As agências Ogilvy & Mather Brasil e FSB tiveram seus contratos de RP com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) prorrogados por mais três meses a partir de 01/08, quando terminaria o Termo Aditivo de um ano assinado em 2018.
O prazo é curto e pouco usual nas relações de estatais com agências, já que ambas foram contratadas após concorrência em 2017 e poderiam renovar seu atendimento, pelo período de um ano cada, mais três vezes até completar cinco anos de prestação de serviços.
A Ogilvy assinou seu contrato original, em 2017, com uma verba de R$ 20,9 milhões, tendo como função prestar serviços de RP e assessoria de imprensa na Europa e na Ásia, promovendo o Brasil como destino turístico, além de divulgar as ações desenvolvidas pela Embratur no mercado interno.
A FSB assinou contrato à mesma época, mas com valor menor, de R$ 10,9 milhões, igualmente para fazer RP e assessoria de imprensa divulgando o Brasil no exterior. No site de contratos da Embratur não há especificação da área de abrangência da atuação da agência.
No “Extrato de Termo Aditivo nº 2/2019”, publicado esta quarta-feira, 10/07, no Diário Oficial da União (DOU), a Embratur cita uma supressão de 25% dos valores anuais de cada contrato. Para a FSB ficou estabelecida uma verba de R$ 2.730.072,65 e para a Ogilvy R$ 5.246.607,85.
Na área de RP, a Embratur também mantém contrato com a In Press, renovado igualmente por três meses em 24/06, valendo até 27/09, pelo valor de R$ 204.246,32.
Publicidade sem previsão de concorrência
Na Embratur, não conseguimos esclarecimentos sobre a situação atual da concorrência para a área de publicidade. “O processo está em análise interna” é a resposta burocrática que temos recebido desde que, em setembro de 2018, o órgão oficializou a criação de uma comissão de licitação para cuidar da disputa (veja link abaixo).
As agências Artplan e McGarry Bowen completam em 18/10 próximo seu limite quinquenal legal de renovação, já que foram selecionadas em 2013.
Como estamos em julho e uma concorrência de publicidade não se resolve em menos de seis meses de processo — só 45 dias são obrigatórios desde a publicação do edital até a entrega das propostas –, a Embratur provavelmente se verá, ainda este ano, sem amparo legal para veicular suas campanhas publicitárias promovendo o turismo no Brasil.
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(Foto: Turismo e Serviços)